18 de setembro de 2016

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O assunto hoje é escolar.Desde que me conheço como estudante nunca gostei de ir á escola.Também não tenho amigos que gostavam. Nenhum! 
A começar pelo horário desumano de fazer uma criança madrugar, tomar café da manhã de qualquer jeito e sair correndo. Já faz com que a criança se sinta em desvantagem desde o começo, criando um inimigo desde o primeiro dia de aula-a escola-o relógio.
Hoje já não frequento mais escolas, mas tenho filhos que compartilham do mesmo sentimento. Assim como eu tinha, eles também têm uma dificuldade enorme em concentrarem-se no conteúdo dado em aula, e assim como eles, vejo muitos outros com a mesma dificuldade: o tal déficit de atenção, que pra mim nada mais é do que puro tédio. Aí começam as conversas paralelas em busca de um conteúdo mais agradável.Totalmente compreensível, se não fosse encarado como falta de educação.
Tá certo que há muitas matérias que possam simplesmente não interessá-los, mas a forma com que as aulas são conduzidas representam 99% (segundo eu mesma,rs) o quanto eles vão absorvê-la.
No caso das aulas de história, não seria óbvio que filmes, animações ou interpretações tornariam essas aulas mais leves e até mais gostosa? Com uma pipoquinha então...Porque não? No lanche pode!


 
Reparem o nível de concentração dessas crianças 
E matemática? O tal material dourado, odiado entre muitos, não poderia ser facilmente substituído por peças de Lego? Além das contas, novas formas e construções também surgiriam, criando mais conteùdo para a matéria.Isso de uma forma espontânea e recreativa.

Nas aulas de ciências, porque não partir pra casos reais pedindo para que os outros alunos levem seus raios-x de fraturas ou sei lá, simplesmente humanizar essas aulas maçantes. Física, química, matérias facilmente resolvidas com aulas de culinária, por exemplo.Existe algum exemplo melhor do que fazer um bolo e mostrar  como de fato ocorre a fermentação?
Quanto ás aulas de arte, essas me doem como uma facada! Apesar de serem a minha preferida, sempre foram muito chatas,limitando a criança a usar somente os materiais oferecidos naquele dia.
Não sei se a culpa é dos professores, do sistema mais que ultrapassado exigido pelo Mec ou se sou eu mesma a chata. Isso sem mencionar as matérias. Que tal incluírem educação financeira, direito constitucional básico, empreendedorismo e inovação por exemplo? E educação emocional? Loucura total aprendermos a lidar com emoções?
O que sei é que em países como a Suécia e Finlândia, já implementaram sistemas bem mais lúdicos e modernos, onde as crianças aprendem pondo a mão na massa e os resultados são totalmente positivos.


Nem preciso ir tão longe.Outro dia li uma matéria de uma escola no Piauí, também adepta a esses métodos lúdicos e motivadores.
Na boa, entregar a crianças que mal sabem atravessar as ruas textos com palavras difíceis ajuda em que em tempos onde tudo vira abreviação nos celulares e presidente vira presidenta?
Um pouco de bom senso é bom e de graça!
E antes que me mandem procurar uma Waldorf, respeito  muito o método, mas não se trata da minha realidade muito menos a realidade da grande maioria dos brasileiros.
Chegou a hora de mudanças, e isso deve ser cobrado.Não é a toa que a grande maioria dos vestibulandos não tem ideia do que querem prestar.
É o nosso futuro em jogo!
Se quisermos nossos filhos criativos e trabalhando em empresas nada convencionais como a Google, não podemos mais aceitar esse modelo de escola arcaico que nos oferecem.